segunda-feira, 15 de novembro de 2010

MATÉRIA PARA JORNAL O FLUMINENSE - EMPREGOS E NEGÓCIOS


1.Há mais ou menos dez anos, era mais difícil encontrar jovens que mudavam de faculdade por estarem convencidos de que foram pelo caminho errado. Mas agora é cada vez mais frequente topar com pessoas que trocam até cinco vezes de curso, antes de se decidir por uma área. A que se deve tanta indecisão nos dias de hoje?
Em primeiro lugar, a idade em que o jovem precisa decidir. Muitos ainda são imaturos para tomar uma decisão tão importante.
Em segundo lugar, o mercado muda constantemente, novas profissões surgem e o jovem não tem conhecimento desta gama de possibilidades. Os jovens acabam optando por profissões mais tradicionais como medicina, direito e economia, e desconhecem profissões como negócios em surfe ou criação de jogos digitais, por exemplo.
Em terceiro lugar, mas não menos importante, falta ao jovem a prática do autoconhecimento. Não se pode escolher uma profissão apenas porque está em alta no momento ou porque é a profissão do pai ou da mãe. A escolha da profissão deve estar pautada nos sonhos e nas competências de cada um.


2.Questões como o mercado de trabalho - favorável - influencia hoje, mais do que nunca, na decisão de que curso ingressar?
Certamente, o jovem muitas vezes é influenciado por profissões do momento, sem levar em conta seus sonhos e suas competências. Escolher a profissão dos pais, ou do protagonista da novela da Globo, pode ser um grande erro.


3.Você acha que por os jovens ingressarem cada vez mais cedo nas universidades pode causar essa dúvida frequente?
Sem dúvida. A maioria ainda não está amadurecida para tomar esta decisão. O processo de orientação profissional deve começar no 1º ano do ensino médio, a escola deve munir seus alunos com informações sobre as profissões, o mercado de trabalho, o retorno financeiro da profissão, as possibilidades de atuação, etc...
Hoje existem vários jogos e recursos para auxiliar o jovem nesta escolha. O profissiogame é um excelente recurso, além de lúdico possui informações essenciais sobre as profissões.


4.Pode dizer também que os jovens hoje agem cada vez mais por impulso?
Acredito que a falta de autoconhecimento e de informações concreta sobre as profissões são as principais causas da escolha errada.


5.Que atitudes esses jovens devem tomar antes de escolher um curso?
Devem pensar nos seus desejos e sonhos, identificar suas habilidades e competências, se informar sobre o mercado e as profissões.
Devem buscar a ajuda de um profissional de Orientação, devido a grande complexidade que envolve esta escolha. Todos devem buscar este processo, não apenas os jovens que tem problema para escolher, mas também os que se já fizeram sua opção. O processo é fundamental para uma escolha segura! 
Normalmente os jovens que estão certos sobre a escolha são os que mais se enganam, pois muito podem estar influenciados por fatores externos: família, mídia, amigos, etc.


6.Teste vocacional ajuda ou dificulta essa escolha? Muitos acham que atrapalha.
Se o teste vocacional for aplicado de forma isolada, não ajuda em nada, até atrapalha. Os testes podem sim, em alguns casos, auxiliar no processo de orientação profissional, que é muito mais profundo, pois ajuda o jovem a se conhecer, conhecer as profissões e o mercado e fazer sua escolha.


7.Quando uma pessoa age com dúvidas o que deve fazer? Trancar o curso e aguardar ou partir para outro curso?
Depende do momento de cada um. Muitos jovens ainda imaturos, podem optar por trancar o curso, trabalhar e decidir no ano seguinte. Este período deve servir para que ele pesquise melhor sobre as profissões pretendidas, com certeza ele vai escolher com mais maturidade.


8.Tem um tempo certo para o estudante abandonar o curso e partir para outro? Muitos não esperam nem o 2º período. O que é certo?
Não existe regra. Neste caso a ajuda de um orientador profissional é fundamental.


9.Pode dar algumas dicas para escolher o certo antes de se matricular?
Comece a conhecer o mercado e as profissões no 1º ano do ensino médio. Você pode visitar as universidades, conversar com os alunos, coordenadores e professores. Converse com profissionais das áreas de interesse, entreviste-os, conheça sua rotina de trabalho.
Pratique o autoconhecimento. Perceba suas habilidades, identifique seus pontos fortes e pontos fracos, essas são as suas competências. Desenvolva aquelas que você já sabe que serão necessárias na área pretendida.
Participe de um trabalho de Orientação Profissional, este é um investimento valioso na hora da decisão. Muitos jovens escolhem errado por não entender que a escolha é de dentro para fora e não o contrário.

O Fluminense - Empregos e Negócios 

23/05/2010

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

ENTREVISTA BAND RIO

Caros leitores do blog,

Vou participar do Programa "Rio, uma cidade de leitores" produção MULTIRIO com exibição ao vivo no dia 25/11/2010 (quinta feira), na BAND RIO, canal 21 e canal 14 da Net, das 8:00 às 9:00. 

Horários alternativos, no canal 14 da Net, sábado - 13:00, uma entrevista sobre orientação vocacional. 
Assistam.

sábado, 23 de outubro de 2010

ENTREVISTA PARA O BLOG ELIS DIAS EM PORTUGAL




Dando continuidade ao Projeto "ENTREVISTAS", apresento uma pessoa que entende de PESSOAS e acredita na humanização verdadeira da área de RH. Ela irá abrilhantar este espaço falando sobre a GESTÃO COM PESSOAS e mais sobre o ser humano nas organizações.


Paula Alexandrisky é Economista, Especialista em Gestão de Pessoas e Orientação de Carreira, Gestora da Área de Pessoas do Centro Universitário Plínio Leite(UNIPLI) em Niterói- RJ(Brasil), Professora Universitária dos Cursos de Administração de Empresas e Pós Graduação em Gestão Empresarial, Consultora de Recursos Humanos e Palestrante.
Apaixonada pelo seu trabalho e pela vida. Pratica na essência os conceitos: autoconhecimento, reflexão, busca de informações e escolhas. Erra e acerta, mas é uma otimista em relação ao que a vida apresenta.




Como Paula iniciou sua carreira na área dos Recursos Humanos e o que a motivou?


Na verdade descobri a área de RH depois que já estava cursando Economia da UFF(Universidade Federal Fluminense), em Niterói (RJ). Já havia cursado 65% do curso, quando me dei conta de que não era aquela profissão que queria seguir. Pesquisei, entrevistei profissionais do mercado de trabalho e conheci a área de Recursos Humanos, me apaixonei! Decidi terminar o curso de Economia e depois me especializar em Gestão de Pessoas. Foi depois do MBA que fiz na FGV(Fundação Getúlio Vargas)no Rio de Janeiro que comecei a trabalhar com a implementação do Sistema de Qualidade ISO 9001 e depois com Treinamento e Desenvolvimento de Equipes. Fui convidada para montar a área de RH numa Instituição de Ensino (UNIPLI) com 9.000 alunos e 900 funcionários, entre docentes e técnicos administrativos. Estou lá há seis anos, hoje também dou aula nos cursos de Administração e na Pós-graduação de Gestão Empresarial. Adoro o que faço! Mas não paro por ai, estou a me especializar em Orientação profissional e Gestão de Carreira.


O que pensa dessa designação: área de "recursos humanos". Acha que com todos os avanços da administração, essa nomenclatura já deveria ter mudado? Será que as pessoas são mesmo recursos? Gostaria que comentasse.


Com certeza já deveria ter sido alterada, mas acredito e pratico uma gestão humanizada, que entende as pessoas e faz com que elas se tornem donas de si. Este é o real objetivo da área. Acredito que deveria chamar Gestão COM e PARA as pessoas, pois as pessoas em definitivo não são um recurso e sim as realizadoras de projetos: Projetos organizacionais, financeiros, de carreira e, principalmente, projeto de vida.


Como Paula vê o papel da área de Recursos Humanos nas Instituições de Ensino Superior (IES) e nas empresas de modo geral no atual momento, visto que o Brasil cresce exponencialmente, em relação à outros países.





A área de RH deve estar cada vez mais na gestão estratégica das organizações e governos. Esta é a área que tem o objetivo de orientar as lideranças a preservar a cultura, promover mudanças e tornar as pessoas mais felizes. Esta é a forma de todos atingirem excelentes resultados, não só para as empresas, mas para as suas vidas em particular. Quando possibilitamos que as pessoas encontrem seus lugares e compreendam o sentido de suas atividades todos ganham. As empresas ganham, pois atingem sempre melhores resultados, e os indivíduos ganham, pois se desenvolvem continuamente.

Como conciliar as competências individuais e a estratégia da empresa, num mundo onde as respostas têm de ser rápidas onde tudo é urgente neste mundo globalizado?



O indivíduo precisa, através do seu plano de carreira, traçar objetivos e identificar seus verdadeiros valores. A partir daí será possível harmonizar as competências individuais com a competências empresariais. Basta se preparar e escolher aquela organização que tem a ver com suas crenças.

Como a área de Recursos Humanos pode contribuir para que o líder se torne estratégico?



Auxiliando-o a ter segurança em suas próprias competências. Como? Através de programas que o desenvolva profissional e pessoalmente. Com o seu talento fortalecido o líder está pronto para desenvolver e formar equipes de alta performance.

Concorda que o papel do profissional de RH é também o de um educador? Afinal é parte das competências do profissional de RH ser gerador de mudança nas empresas...Pode comentar?



Concordo plenamente. O profissional de RH precisa conhecer o perfil das pessoas que fazem parte da organização para promover um ambiente de desenvolvimento de conhecimento, habilidades e atitudes. Fazer com que as pessoas exercitem o autoconhecimento e façam suas escolhas de forma saudável e feliz, promover reflexão sobre quem somos e o que queremos da vida, respeitando os interesses de cada um. É um papel fundamental da área de Gestão de Pessoas.

Na sua opinião, o que o Mundo Acadêmico pode fazer para se aproximar do Mundo do Trabalho? Pois sabemos que muitas vezes essas duas áreas ainda não se aproximam.

Sem dúvida este é um grande desafio que temos pela frente. A Academia precisa mudar sua forma de ver o mundo, entender as demandas de crescimento não só do mercado de trabalho, mas também do ser humano individual e pleno. A área acadêmica precisa desenvolver programas que atendam aos vários perfis e talentos existentes. A criação de um Núcleo de Carreira e Empregabilidade na Universidade é um bom caminho para trabalhar quatro grandes pilares:



1. Divulgação dos cursos de Graduação e Tecnólogos nas Escolas de ensino médio, através de um processo de orientação profissional, para que o jovem possa adquirir informação e fazer uma escolha de acordo com suas competências e interesses.


2. Promoção de uma reflexão, através da disciplina Orientação e Planeamento de Carreira no 1º período de cada curso, para que os alunos possam planejar suas carreiras e refletir sobre o seu futuro profissional desde o início da faculdade.


3. Aumento da empregabilidade do aluno através da orientação ao aluno que vai participar de uma entrevista de 1º emprego ou busca uma promoção no seu trabalho (funciona como um coaching de carreira).


4. Promoção de palestras e mesas redondas com profissionais do mercado para os alunos a partir do 5º período (graduação) e 2º período tecnólogos, incluindo também os alunos de pós-graduação, extensão e mestrado.

Gostar de pessoas é fundamental para se atuar em RH... Que outras fortes características e valores diria que sejam imprescindíveis também?



O profissional de RH precisa ser um ótimo comunicador, saber passar as ideias e principalmente saber ouvir as pessoas; precisa conhecer a cultura e o modelo de gestão da empresa em que atua e conhecer as tendências e mudanças que o mercado de trabalho nos impõe. Mas a característica que acredito ser a principal, é entender que o ser humano é único, que possui interesses e competências únicas e que precisa ser respeitado e estimulado a buscar o seu sonho.



Como vê a "Era da Espiritualidade" no mundo corporativo. É possível ser mais humano nas relações com seus colaboradores, comunidade, clientes, parceiros e como a área de RH pode interferir nesse processo?

Essa é minha filosofia. O ser humano é pleno e busca constantemente sua felicidade, entendê-lo de forma holística nos possibilita respeitar e nos relacionar de maneira humanizada com todos os steakeholders.

Para finalizar, em sua prática pessoal e profissional o que acha que faz uma pessoa se tornar um ser humano integral?



Para conquistarmos a integralidade precisamos em primeiro lugar nos conhecer em profundidade, saber o que nos motiva, o que nos incomoda e o que desejamos em cada etapa de nossa vida. Acredito ser esse o caminho que nos leva através de erros e acertos, a conquistar os nossos sonhos.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

SUPERE O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO COM FLÁVIA MELLO

SUPERE O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO - ENTREVISTA COM FLÁVIA MELLO PARA O BLOG ELIS DIAS



  Professora Flávia Mello, é Licenciada em Comunicação Social e Jornalismo, pela Universidade Federal Fluminense(UFF) Pós graduada em Marketing e Docência do Ensino Superior pela Universidade Cândido Mendes, atuando há mais de 10 anos em Rádio, TV, Jornal, Assessoria de Imprensa e Comunicação, além de ministrar cursos de Oratória e de Como Falar em Público, Produção de Eventos e palestras em todo o Brasil. Tem trabalhos realizados em Empresas de Navegação e na PETROBRAS, como professora atua no ensino superior e em cursos de extensão no SENAC-RJ,Centro Universitário Plínio Leite, Universidade Estácio de Sá e UNILASALLE.


1- É fácil vencer o medo de falar em público ou existem casos que "não tem jeito"?

Aprender a falar em público é como aprender a andar de bicicleta, dirigir, cozinhar é preciso apenas querer! Tudo se torna fácil quando você acredita nisso. A sua mente pode facilitar ou dificultar o processo de aprendizagem. Muitos alunos me procuram e falam durante muito tempo perfeitamente, contam histórias (com uma narrativa brilhante), sorriem, estendem o papo para os que estão em volta e ainda sim se dizem tímidos porque ouviram isso a vida inteira e o pior acreditaram!


2- De que forma uma pessoa extremamente tímida pode perder o medo de falar em público? Como isto é possível?

Claro que é possível! Em meus cursos trabalho muito a descontração, a alegria, a integração entre os alunos. Isso facilita e muito o processo de aprendizagem, pois já foi comprovado que quanto mais sem tensão e feliz o ser humano estiver, mais ele apreende as informações passadas. Alegria, treinamento e estudo são o meu lema. O maior exemplo disso é quando estamos em uma bela praia, com um sombra agradável, uma água de coco, amigos ao lado e lemos um tema como " A importância ingestão da água para o ser humano". Lemos a matéria e a comentamos naturalmente para todos os presentes. Nesse momento, cada um faz um comentário e depois fechamos o assunto tranquilamente. Coloca esse mesmo assunto em uma reunião de trabalho ou sala de aula, onde o líder causa uma pressão estressante em cima de você dizendo: - O senhor terá que apresentar o assunto" A importância da água para o ser humano" para toda a sua equipe de trabalho, em meia hora, e além disso o senhor terá que abrir em sua palestra espaço para perguntas. COMO VOCÊ SE SENTIRIA? O simples se tornou difícil pela pressão. No meu curso, você aprenderá a se ver livre dessa pressão e a realizar o seu ofício com tranquilidade e firmeza.

3- Qual a importância no mundo atual de uma pessoa saber falar em público, independente da carreira que ela siga?
Independente da carreira , falar em público é muito importante! A comunicação faz parte do nosso cotidiano. Se nós observarmos, falamos em público quase que diariamente. Todas a vezes que falamos existem uma, duas, três pessoas ou mais pessoas nos observando. Sem perceber já estamos falando em público.Quando aprendemos a falar em público, mudamos a nossa postura corporal e mental. Passamos a nos conhecer e a conhecer o outro muito melhor. Falar em público ou para o público é um exercício maravilhoso, pois dessa forma saímos de um pequeno mundo para um mundo muito maior e mais rico de conhecimentos. Nesse processo, você passa a descobrir que o SER HUMANO é a maior riqueza existente no planeta. Falar em público também significa OUVIR O PÚBLICO e é aí que está a grande riqueza e prazer desse aprendizado.

4- Por que a maioria das pessoas sentem medo de expor suas ideias em público? Muitas vezes ouvimos das pessoas:” eu até sei sobre o assunto mas na hora "h" senti um branco e não saiu nada”. O que é possível fazer para que isto não ocorra?
Como eu já havia dito na segunda resposta temos que aprender a relaxar para que a nossa mente produza de forma eficaz. Depois treinar, treinar, treinar... fazer a apresentação em frente ao espelho, filmar, apresentar para sua família, amigos, bonecos... todo o treinamento é válido. Conheça o assunto profundamente e mãos-a-obra. Lembre-se: Humanos são passíveis de erro. VOCÊ É HUMANO E FALARÁ PARA HUMANOS!


Aprender a sorrir de si mesmo é muito gostoso. Deixar o orgulho de lado e praticar a Oratória. Errou, sorria! Relaxe e continue!



5- Para ser um bom comunicador a pessoa precisa ser um bom ouvinte?
Com certeza! Além disso, deve também estudar muito sobre liderança e comportamento humano. Um bom líder deve agir em prol do bem comum.

6- Existe algo em comum entre o Marketing Pessoal e o medo de falar em público?
Existe sim. Como você poderá comunicar ao público ou ao mercado de trabalho os seus talentos se você NÃO FALAR?

7- Em sua prática pessoal e profissional como vê que a auto-confiança, a inteligência emocional, o auto-domínio e uma atitude mental positiva influem para que a pessoa consiga ter uma boa comunicação.
Como eu já havia dito, a auto confiança, o equilíbrio da inteligência emocional que leva ao auto-domínio e a atitude mental positiva são peças fundamentais para o desenvolvimento da ótima comunicação.
Em meus 10 anos de trabalho, já treinei milhares de pessoas e nesse processo pude observar que no desenvolvimento da Oratória a paixão por si mesmo e pelo outro fazem parte do grande segredo do desenvolvimento da "Arte de falar em público".











terça-feira, 20 de abril de 2010

ORGANIZAÇÕES POSITIVAS ENTREVISTA COM ELISANGELA DIAS EM PORTUGAL

ENTREVISTA REALIZADA PARA O SABER E SORRIR EM PORTUGAL
http://www.saberesorrir.com/2010/04/13/dr-%c2%aa-elisangela-dias-organizacoes-positivas/






Licenciada em Gestão de Recursos Humanos e Pós Graduada em Gestão de Projectos, Coach, consultora na área de recursos humanos, atuando há mais de 15 anos na área de projetos de pesquisa de clima organizacional, recrutamento e seleção de profissionais em empresas de médio e grande porte. Forte atuação na área do voluntariado e da responsabilidade social, educação de jovens e adultos, palestras e cursos profissionalizantes utilizando dinâmicas e jogos.
Autora do blog http://elisbsdias.blogspot.com/ e do site www.elisdias.com


1. O significa "Organizações Positivas"?
R:O termo Organizações Positivas foi definido por David Cooperrider, que é Professor de Comportamento Organizacional na Universidade Case Western, de Cleveleand, Ohio (Estados Unidos) e diz respeito às organizações que se utilizam da metodologia Appreciative inquire, ou Investigação Apreciativa. É uma metodologia de desenvolvimento organizacional baseada na valorização dos colaboradores.
O objetivo básico da Investigação Apreciativa é tornar uma organização melhor, baseada no que ela já tem de bom, ou seja, que essa organização trabalhe utilizando as melhores práticas.
O grande diferencial da metodologia é que ela não fica apenas numa discussão teórica dos problemas da organização, mas faz com que todos os colaboradores possam atuar como força construtiva para uma mudança.


2. De que forma a Investigação Apreciativa atua para tornar uma organização positiva?
R: A metodologia baseia-se em 5 princípios básicos:
  • Construcionista – Onde as organizações são entendidas como construções humanas, ou seja, nossa realidade é construída baseada nas nossas experiências anteriores e, por isso, nosso conhecimento e a organização estão interligados.
  • Simultaneidade – O questionamento e a mudança ocorrem simultaneamente. Quando se faz uma questão a alguém, a pessoa que recebe a questão sofre uma mudança de comportamento. A questão apreciativa favorece a auto-estima. As questões que fazemos são parte do processo de mudança.
  • Político – Ao olharmos uma obra de arte, podemos ter diversas interpretações, com as organizações humanas ocorre a mesma coisa. Como há diversas interpretações, podemos encontrar o que procuramos nas organizações.
  • Antecipação – As pessoas vão para onde se questionam (sonham), assim como as organizações. O recurso mais importante da organização é a imaginação coletiva e o discurso a respeito do futuro. Um dos pontos básicos da antecipação na vida organizacional é que a imagem do futuro é o que, de fato, orienta o comportamento da organização.
  • Positivo – A proposta da abordagem positiva é o que agrega e realimenta a organização. Se as questões a serem feitas forem as mais positivas possíveis, maior será a mudança.
3. O que são as Organizações Positivas?
R: São todas as empresas que possuem em seus princípios de atuação e cultura organizacional desenvolver emoções positivas, otimismo, incentiva a criatividade, valoriza a confiança e a cooperação entre todos os colaboradores, além de trabalhar a resiliência, as relações interpessoais, a empatia, a cidadania, os princípios éticos para com o meio ambiente, a organização, os pares e a comunidade.


4. Como tantas fraudes, downsizings, relações negativas entre pessoas e organizações, chefes tóxicos e o desemprego tão presente no mundo todo, como trabalhar a positividade em tempos de tanta negatividade nas organizações?
R: Não podemos negar que esta negatividade existe, que há empresas e gestores que fazem muito mal aos seus colaboradores, que existem gestões desumanas, mas há luz no fim do túnel. Pois existem diversas organizações, desde PMEs até as gigantes, que optaram por atuar de maneira positiva, que mantêm as melhores práticas de trabalho e pouco se fala delas. O setor de recursos humanos tem papel fundamental neste trabalho, pois deve ser o disseminador da positividade. Deve trabalhar junto aos gestores para que estes sejam líderes e não apenas “chefes”, que acompanhem as equipes, a comunicação interna, ao investimento em formação contínua e principalmente em acompanhar o clima organizacional, fazendo inquéritos anuais e avaliações de desempenho e seu respectivo feedback.


5. Fale sobre o clima organizacional nas organizações positivas.
R: O clima organizacional é algo muito subjetivo e é reflexo da cultura organizacional, e estão intimamente ligados.
O clima organizacional indica o grau de satisfação de todos os seus colaboradores em diferentes aspectos da realidade organizacional, tais como as políticas de recursos humanos, o modelo de gestão, a comunicação interna, a missão da organização, a valorização dos profissionais que se identificam com a cultura da organização.
Nas organizações positivas deve se estimular o melhor das pessoas, bons sentimentos, boas práticas, como por exemplo, se um colega está em apuros necessitando entregar um relatório, os colegas se dispõem a ficar até mais tarde para ajudá-lo.
As organizações positivas reforçam o otimismo natural das pessoas e suavizam o pessimismo natural de outras.


6. São as organizações que influenciam os fundamentos de positividade?
R: Certamente. Pois são as organizações que influenciam o comportamento de seus colaboradores e dos líderes, que podem se tornar mais autoconfiantes, esperançosos, otimistas, com emoções inteligentes e mais resilientes.


7. Como uma organização pode conseguir isto?
R: De maneira muito simples, a começar pela autonomia aos colaboradores, valorizando suas aptidões, valorizando a autoconfiança que é a base da motivação, valorizando sempre o feedback positivo, celebrar os êxitos. Um ambiente de trabalho vibrante e com energia positiva disseminado também promove a autoconfiança.


8. Como o processo de Coaching pode contribuir com as organizações positivas?
R: O processo de Coaching desenvolve uma auto-reflexão positiva e a auto-responsabilização, além de estimular uma escuta ativa, de trabalhar com perguntas poderosas e utilizar técnicas da PNL (Programação Neuro Linguística) que trabalha a positividade, as crenças, os propósitos, a missão de cada um e se está de acordo com a missão da organização.


9. Para concluirmos nossa entrevista, ser uma organização positiva não é muito fácil…
R: A positividade na organização implica em esforço contínuo por parte dos gestores e colaboradores, sacrifícios e saber lidar com as decepções da vida organizacional. Gerir positivamente dependerá dos elementos: confiança, apoio, cooperação, transparência, para que a melhora seja contínua. Não há como descuidar. Otimismo e realismo sempre devem andar juntos.


10. De sua experiência pessoal e profissional o que falta ao homem para ser feliz?
R: Acredito que muitas pessoas esperam que a felicidade venha de fora para dentro, quando o contrário é que é verdadeiro. Já que não podemos modificar o passado e o futuro ainda não chegou, temos o presente que como o próprio nome diz é um presente para fazermos as transformações necessárias e sermos felizes.
O autoconhecimento é a porta para ser feliz, a empatia, a auto-reflexão, o otimismo sempre; apesar de todas as dificuldades que possam surgir em nosso caminho, a esperança, o sorrir, além de participar de algum trabalho voluntário, que traz um bem enorme, pois passamos a ver que muitas das nossas questões ficam pequenas e vemos os nossos problemas sob outra ótica, faz muito bem.
Ame-se, cuide da sua saúde, faça uma atividade física prazerosa, tenha uma alimentação saudável e pensamentos saudáveis.
Jamais deixe de sonhar e de acreditar, contemple o pôr-do- sol, os pássaros cantando, o céu azul, o sorriso de uma criança, seja grato à vida.
Não existe uma fórmula mágica, o importante é ser feliz!

domingo, 4 de abril de 2010

LIDERANÇA

Confesso que este livro estava em minha cabeceira há um bom tempo.
Para preparar minhas aulas sempre recorro aos livros mais "didático" e acabo deixando para depois os livros que seleciono com carinho.
Este fim de semana, como quem não quer nada, peguei o livro para folhear e não conegui parar de lê-lo.
Estou desenvolvendo um trabalho com os alunos dos primeiros períodos dos cursos de Administração, Nutrição e Fisioterapia do UNIPLI. E o tema principal é a organização de um plano de carreira e a preparação para as escolhas.
César Souza de forma bastante agradável, mostra em seu livro, a partir da pesquisa sobre o tema Liderança, que "o verdadeiro líder tem que ser lider de si mesmo", e desse modo enfetiza aspectos importantes para a vida pessoal e profissional de cada indivíduo.
Este livro, sem dúvida, me dará um grande suporte para as aulas.

domingo, 14 de março de 2010

Esta palestra foi apresentada no 1º Seminário de Orientação Profissional e Educacional, realizado em outubro de 2009, no auditório do UNIPLI, em Niterói.